Oh por favor...

Eu tenho uma teoria! (eu tenho várias teorias mas ninguém me liga nenhuma)

Aliás, esta não é necessariamente da minha autoria mas adoptei-a como tal porque finalmente tudo fez sentido!

A p*** da Cinderela f***-nos a todas!

Não? Então vejamos:

As meninas de boas famílias da minha geração (no sentido de bem educadas) cresceram a ver desenhos animados Disney, em todo o seu esplendor.

Aprenderam desde tenra idade  que mais cedo ou mais tarde, mesmo que fossem muito pobrezinhas e meio sujinhas, seriam alvo do olhar tarado atento de um príncipe lindo de morrer! E que ele se iria apaixonar incondicionalmente pela mais borralheira das gatas…

O que as nossas mãezinhas se esqueceram de nos dizer, e isto sim teria sido útil, é que não há prai príncipes a dar c’um pau! Pois não?…

Que se pelo menos houvesse um por prédio/turma/empresa ou vá, localidade a coisa ainda podia acontecer, mas não é bem assim que funciona!

Que há moços interessantes e jeitosos, há. Mas ou são gays ou casados!!

E querem mãezinhas controladoras e não propriamente gajas descomplicadas;*

E quando são fantásticos só querem a nossa amizade (“se não fosse a qualquer-nome-a-escolha-que-não-o-vosso sabes que era contigo que ficava”);

 Se alguma de nós ousasse sair (em versão moderna) de uma discoteca e largasse o sapato pelo caminho, aconteceria uma das seguintes opções:

- estava verdadeiramente alcoolizada para não dar pela perda e o príncipe não teria olhado para tal criatura;

- o sapato era de qualidade duvidosa e o cheiro a materiais duvidosos + chulé (adoro a palavra) afugentariam o mais constipado dos príncipes;

- o sapato era lindo de morrer e caríssimo e não havia álcool no sangue que não nos fizesse voltar para trás para o recuperar.

either way... lá se ia sapato, príncipe e dignidade!

Pois é amigas, casadas solteiras ou mais-ou-menos, crescemos a acreditar que toda a princesa teria o seu charmand e nada disso é verdade! E a culpa é de quem? Da p*** da Cinderela

Já agora… e fadas madrinhas que transformam abóboras em belíssimos coches, conhecem?... Também não as há.

E bem jeito me dava que transformassem a abóbora do meu carro num legume mais recente.

* Gaja que é gaja, pode ser descomplicada mas continua a ter hormonas pelo que: “homens,  dêem-nos o devido desconto”