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OH POR FAVOR… Não, não leiam em jeito de pedido de atenção/ajuda, mas sim com a entoação de quem já não aguenta o que está a ver/ouvir.
No seguimento do que já vos fui contando (aqui, aqui e acolá) aproveito para vos contar mais uma das (muitas) aventuras com o meu 205.
O meu carro para além de ser velho tinha o verniz todo estalado.
Aquilo que em tempos foi um carro vermelho brilhante, era agora um pequeno pedaço de cancro de tinta.
Não tendo mau aspeto suficiente, acordo uma bela manhã e quando chego ao veiculo vejo que um imbecil atrasado mental lhe tinha batido durante a noite e fugido.
(espero sinceramente que este senhor se tenha enchido de vermes)
Deixou a porta de trás completamente metida para dentro, ao ponto da minha mão passar por entre a porta...
Depois de 170 litros de lágrimas de raiva e impropérios, não sendo possível o arranjo, desloquei-me ao Giljó - sucateiro reconhecido internacionalmente na margem sul - do qual me tornei cliente assídua.
Comprei uma porta só que... verde… E não a mandei pintar porque não valia a pena o dinheiro.
“Vende-se pintura, oferece-se carro” era um pouco demais.
Passei a andar com A Bandeira pelos caminhos de Portugal. Não dava nada nas vistas!
Belo dia, a passar a 25 de Abril, acende-se a luz do motor.
Aquela que diz “PÁRA IMEDIATAMENTE O CARRO OH LOIRA”!
Recuso-me terminantemente a parar na ponte!
E lá segui até Sete-Rios.
Saio do eixo norte-sul que, para quem não conhece, termina num semáforo” e ali fiquei, no sinal vermelho, com o carro em coma!
Saio do carro, ligo para a assistência em viagem ao mesmo tempo que visto o colete e tiro o triângulo (apreciem a imagem: loira, carro podre a deitar fumo…) e fui coloca-lo à devida distancia do enfermo.
Atendem-me da seguradora e começa o rol de questões para as quais eu gostaria muito… mas não tinha resposta.
Eles: ” Qual é a avaria?”
Eu: “Acendeu a luz do motor e deixou de andar”
Eles: “Mas qual foi o motivo?”
Eu: “Não faço ideia. Parou e deita fumo"
Eles: “Mas sabe se foi isto ou aquilo…"
Eu: ”Sei que não tem registo da minha profissão mas adianto desde já que não sou mecânica”
Eles: … a pergunta foi interrompida por uma buzinadela
Olho pelo retrovisor e tenho uma besta a buzinar e a fazer sinal que estava verde…
Sim, o senhor ignorou o facto do carro deitar fumo, de ter contornado o meu triângulo de sinalização e buzinou… como se eu estivesse distraída…
Lá lhe fiz sinal a perguntar se era maluco e continuei!
Já no fim da chamada com a seguradora, mais uma buzinadela…
É novamente um arraçado de energúmeno (outro) que tinha feito o mesmo. Viu o triângulo (não lhe passou por cima) colocou-se atrás de mim e quando abriu o verde… PPPPPPPPPPPPPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII…
Finalmente chega o Sr. do Reboque que me pergunta o que o carro tinha, respondi que não sabia ao que ele questiona:
“E não abriu o capot?”
Claro… tinha feito toda a diferença…
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