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OH POR FAVOR… Não, não leiam em jeito de pedido de atenção/ajuda, mas sim com a entoação de quem já não aguenta o que está a ver/ouvir.
(continuação)
Tudo a postos para avançar com a cirurgia e começa a ansiedade.
Da minha parte uma pilha de nervos e alguns receios, da parte da Mãe Maria uma excitação tipo criança-de-6-anos-que-vai-á-Disneylândia!
Eu e uma das minhas irmãs (a Chucha) combinámos horários, quem levava e quem ia buscar a criança á escola, perdão, a mãe a casa…
Andámos 1 semana a decidir se devíamos ou não fazer Sua Exa. assinar um termo de compromisso em como nos dias seguintes á operação faria tudo o que nós mandássemos (ou não conhecêssemos nós a prenda)...
“Mãe, até indicação em contrário POR PARTE DO MÉDICO, não pegas em pesos, não te baixas, não mexes em detergentes, não vais para o fogão…” (posso vos dizer desde já que fez isto tudo)
“Está bem, está bem! Eu prometo que não faço nada disso” – quase em fúria, porque não é nenhuma criança!
Na antevéspera da dita perguntava-me – no seguimento de um anúncio de jackpot do euromilhões – “se te sair o prémio na 6ª vais-te logo embora?”
“Não mãe, está descansada que eles demoram 2 meses a pagar o prémio”…
Chega então o dia D!
Fui ter ao HPA (Hospital Particular de Almada) ás 17h e a minha irmã estava cá fora á minha espera.
“A mãe??’” – sim, eu sou filha galinha
“Calma, já subiu e está a fazer a dilatação á vista”
Estivemos 1h e pouco na sala de espera, não porque a cirurgia seja complicada mas porque para além do tempo da preparação, a recuperação da anestesia leva o seu tempo. Pareceram-me 6 horas…
A dada altura oiço uma broca… SERÁ QUE ESTAVAM A USAR AQUILO NA MINHA MÃE???????
A Chucha fez malha, gozámos com parte das figurinhas que estavam na sala de espera, debitámos parvoíce em barda da boca para fora. E o tempo não passava.
Vemos o médico. Dr. Victor Ruiz…
Eu ainda não o conhecia, foi sempre a Chucha a acompanhar a nossa velhota.
Fiquei apaixonada!
Correu tudo bem e quando finalmente pudemos ir ter com a pequena, lá estava ela “a curtir a pedrada da anestesia” – rimos a bom rir com as saídas fantásticas da mãe.
Parecia que tinha estado 7 anos sem falar. Falou, falou, falou, falou e … não se lembra de nada.
Estávamos para sair quando vem uma enfermeira (lamentavelmente não sei o nome) e diz á minha mãe: "Minha Princesa, deixe-me dar-lhe um beijinho. A sua mãe portou-se lindamente! É uma querida"
Sabem o ditado "quem os meus filhos beija, minha boca adoça"?... Virei diabética nesse momento
(continua)
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